A estreia do BBB 2023 aconteceu há poucos dias e o reality show já tem chamado atenção e levantado debates importantes nas redes sociais. A relação dos participantes Gabriel e Bruna Griphao se mostrou abusiva e o clima ficou tenso.
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e fez até com que o apresentador Tadeu Schmidt, em uma conduta preventiva, chamasse a atenção deles. “Vocês estão percebendo que tem alguma coisa errada? Estou aqui para fazer um alerta antes que seja tarde”, disse o apresentador.
A atriz já teve suas falas interrompidas e ao brincar que era “o homem da relação”, ouviu o rapaz dizer que daria cotoveladas nela, e recebeu um puxão no braço, entre outras coisas.
Fora das telas, o pesadelo das mulheres também existe, especialmente quando falamos sobre mercado de trabalho.
Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o ambiente de trabalho é um dos mais hostis e propícios a má conduta, como o assédio sexual às mulheres, mais do que festas, baladas e bares.
Um levantamento feito pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) mostra que o Brasil registrou um crescimento de 21% nos processos por assédio sexual no ambiente de trabalho em 2021 – comparado ao ano de 2020.
Histórias de mulheres que, muitas vezes, encontram somente no pedido de demissão a saída para se livrar desse tipo de abuso são mais comuns do que imaginamos.
BBB 2023: Especialista fala sobre situação que aconteceu no reality show
É preciso reconhecer o mercado de trabalho como forte influência nas relações sociais e na construção de estruturas mais igualitárias, respeitosas e éticas. Nesse sentido, o Canal de Denúncias das empresas precisa servir como um termômetro para as lideranças em termos de inclusão das equipes.
Ao escolher implementar uma solução que transmite segurança e coloca a experiência das pessoas colaboradoras em primeiro lugar, a empresa mostra seriedade em relação à conduta no ambiente de trabalho e às demandas individuais das equipes.
Essa é a base para uma estratégia forte de diversidade e inclusão. CEO e co-fundadora da SafeSpace, uma plataforma de compliance para gestão de casos de má conduta nas empresas, Rafaela Frankenthal, destaca que, para conseguir combater o assédio no trabalho com efetividade.
É importante que as empresas transmitam transparência e confiança aos colaboradores. Além disso, é preciso que RHs estejam mais preparados por meio de treinamentos, workshops e políticas internas que garantam a discussão de privilégios e estruturas que fomentam posturas inadequadas.
“A maioria das organizações está totalmente cega em relação aos problemas internos e não sabe o que está acontecendo até que a bomba explode”, concluiu.